Doença do século? Problema de saúde dos dias atuais? A ansiedade ganhou alguns apelidos e sinônimos com o passar do tempo e o amplo aumento dos casos, em diferentes faixas etárias. Mas, para entender mais sobre o que é a ansiedade, como tratá-la e como atuar na prevenção, é preciso despir-se de preconceitos e de avaliações rasas. É necessário entender que ansiedade, quando não cuidada, pode se tornar uma doença psiquiátrica.
Em uma definição mais generalista, é possível dizer que ansiedade é marcada pela preocupação intensa, excessiva e persistente sobre assuntos cotidianos. Em um caso de crise, por exemplo, o paciente pode apresentar aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada e sensação de cansaço.
A psicóloga Isabela Lima, acrescenta ainda outros sintomas, como falta de ar, tremores, podendo chegar a sensações de sufocamento, desconforto no peito (aperto) ou na garganta, descrita por vezes como “um nó na garganta”, e também reações psicológicas, como pensamentos de que coisas ruins vão acontecer conosco ou com alguém querido. ”Quando a ansiedade é percebida em grau reduzido, pode ser considerada como funcional pois acaba por nos colocar em movimento para a realização de atividades cotidianas. Porém, quando é percebida em grau elevado e prejudica nosso bem-estar, aparecendo de maneira intensa, frequente e duradoura, e afeta nossa capacidade de realizar coisas simples do cotidiano, como comer, dormir, se concentrar, sair de casa e etc, ela passa a ser um problema, podendo se transformar em um transtorno de ansiedade”, explica a Isabela, que é psicóloga clínica e hospitalar.
Para lidar melhor com ela (que vai sempre acompanhar as pessoas), a recomendação da profissional é a de que exista a prática de atividades físicas, meditação e técnicas de relaxamento, que – de acordo com ela – são bastante eficazes. “Ações que conectam as pessoas com o momento presente colaboram diretamente com a mudança de percepção e como consequência diminui a sensação de ansiedade – que frequentemente foca no futuro”, disse Isabela.
Mas, fica um alerta importante para os casos em que a ansiedade gera mais prejuízo à qualidade de vida, quadros em que é fundamental ter a busca por profissionais capacitados como psicólogos e psiquiatras, para uma avaliação específica e um tratamento especializado.